Como já comentamos aqui
anteriormente o alongamento é sim uma ferramenta muito importante, mas será que
a “esticação” que nós fazemos em academias, ruas, praias e todo o resto é
realmente correta?
Primeiro precisamos saber que existem
vários tipos de alongamento: alongamento estático, alongamento isométrico,
alongamento balístico, alongamento passivo e facilitação neuromuscular
proprioceptiva. (Postagem anterior).
Você pode está se perguntando
agora. “É realmente necessário fazer uma postagem sobre isso? Pois sempre ouvi
dizer que precisávamos alongar para depois treinar.”
O que vou passar aqui é um resumo
de artigos científicos e relatos de profissionais da área de saúde. Cada um tem
o direito de tirar sua própria conclusão.
Em 2011 foi promovido um simpósio
sobre alongamento pelo Colégio Americano de Medicina Esportiva reunindo
especialistas de diferentes países, pois este assunto tem gerado muitas controvérsias.
Neste simpósio chegou-se a conclusão que os benefícios do alongamento, como
aumento da flexibilidade e diminuição de lesões, serão percebidos a médio e
longo prazo, assim como os benefícios de exercícios de resistência cardiopulmonar
e não de forma imediata logo antes dos exercícios.
Segundo Alter (1999), o
alongamento pode vir a prevenir lesões e melhorar o desempenho, mas a
flexibilidade em excesso pode desestabilizar as articulações que pode trazer
maior risco de lesão de ligamento ou luxação articular.
Alguns autores descrevem a
diminuição de desempenho muscular após a realização de alongamentos agudos. Segundo
Young (2003) existe diminuição do desempenho muscular no salto vertical, após esses
alongamentos. Também constatou que corridas submáximas e aquecimentos na força
explosiva apresentam efeitos positivos a força explosiva.
Almeida (2009) em sua revisão
comenta o aumento agudo na flexibilidade pode ter um efeito negativo em
atividades que envolvam a necessidade de força explosiva.
Fletcher (2004) estudou os
efeitos de alongamentos estáticos em atletas de rugby, e foi percebido que esses
atletas tiveram um aumento no tempo em um Sprint de 20 metros logo após a
realização desses alongamentos.
Portanto o que temos visto é que:
- Alongar antes de correr não
previne lesões;
- O melhor momento para fazer
alongamentos é em um dia separado do treino;
- O importante é aquecer antes da
atividade física;
- O aquecimento deve ser feito através
de uma atividade que aumente a frequência cardíaca.
Segundo Raquel Castanharo essas
afirmações acima não são verdades incontestáveis e que provavelmente exista em
algum lugar do mundo um pesquisador investigando sobre esse assunto, mas que
essas são as medidas mais prudentes a seguir.
Minha humilde opinião é a seguinte: É necessário tirarmos um dia específico para alongar e melhorarmos nossa flexibilidade e trabalhar isso a longo prazo. Também devemos fazer alongamentos dinâmicos antes dos treinos.
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